quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Pink Floyd - Another Brick in the Wall

A perfídia


Em declarações à Agência Lusa, Ramos-Horta disse que a principal virtude do Dalai Lama é ser contra qualquer acto de violência no Tibete, mas que a admiração pelo líder tibetano "não retira legitimidade à soberania chinesa em relação ao Tibete".
Deve ser das companhias. E como diria Octávio Machado, eu sei do que falo...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Conservatório Independente

José Sócrates é um bom actor; Armando Vara um canastrão.

A histeria, ainda e sempre

Constança Cunha e Sá, lapidar:

"[...] se os políticos, para variar, se têm saído mal de todo este imbróglio — basta ver a incompetência da generalidade dos deputados a quem está entregue esta Comissão — não se pode dizer que os jornalistas tenham primado pela elevação.

O que se assistiu nesta primeira semana de audições é apenas um sinal do que nos espera nos próximos tempos: uma série de egos desorbitados, várias acusações fúteis e os previsíveis ajustes de contas de que ninguém sai a ganhar. [...] Ora, eu não estou, nem nunca estive “vendida” aos interesses do eng.º Sócrates, mas considero que a actuação de Mário Crespo na Comissão de Ética foi um exercício deplorável que enxovalha o jornalismo e a Assembleia da República. Um exemplo, como já disse, da histeria que hoje em dia reina em Portugal."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Enigma


Que vidas teriam sido as de Cesarião e Napoleão II? O «Rei de Roma» e o suposto filho de Roma. Quem foram? O que foram? Acidentes? Vítimas sacrificiais para que o Espírito se realize?

Reuniram-se os alexandrinos
para verem os filhos de Cleópatra:
Cesarião e seus irmãos mais jovens,
Alexandre e Ptolomeu, que
por vez primeira ao Ginásio levados
reis seriam proclamados,
em parada militar brilhante.

Alexandre foi proclamado rei da Armênia, de Média e de Patia.
Ptolomeu, rei da Cecília, Síria e Fenícia.
Cesarião de pé, na frente deles,
vestido com seda cor-de-rosa,
um ramalhete de jacintos nos braços,
na cintura uma dupla fila de ametistas e safiras,
as sandálias atadas com brancas fitas,
com amarelas pétalas bordadas.
A ele coube o maior dos títulos:
proclamaram-nos Rei dos Reis.

Os Alexandrinos certamente compreenderam
que tudo aquilo eram palavras de faz-de-conta.

O dia estava quente, porém, e poético,
com céu de pálido azul.
O Ginásio de Alexandria era uma obra-prima.
As vestes dos cortesãos, esplêndidas,
Cesarião era todo charme e beleza
(filho de Cleópatra, sangue dos Lágids).
Os alexandrinos, em multidões, ao festival acorreram
e entusiasmados saudavam em grego,
em egípcio, em hebraico alguns,
encantados com a beleza do espetáculo,
embora soubessem, naturalmente,
o que tudo aquilo valia,
eram aqueles reinos palavras vazias.

K. Kaváfis, «Os Reis de Alexandria» (1912)

Essenciais, 4

"Somos como anões aos ombros de gigantes, pois podemos ver mais coisas do que eles e mais distantes, não devido à acuidade da nossa vista ou à altura do nosso corpo, mas porque somos mantidos e elevados pela estatura de gigantes." Bernardo de Chartres, referido por João de Salisbúria, Metalogicon, III, 4.

Grandes Figuras Portuguesas I



Os anões

A crise do pessoal político em Portugal levou a que, nos últimos anos, se agigantassem alguns anões. Ao invés de se colocarem às cavalitas dos gigantes, como preconizava o grande Bernardo de Chartres, deram em atacá-los.
Um dos anões do momento é Paulo Rangel. A criatura deu em dizer que Fernando Nobre é igual a Pintasilgo. Sejam quais forem as reservas que a candidatura de Nobre a Presidente da República nos suscitem, quem é Paulo Rangel ao lado do fundador da AMI? É que a envergadura cívica, moral, inclusivamente política, no sentido mais englobante da palavra, de Fernando Nobre não tem medida de comparação com a do pequeno Paulo. E falar de Pintasilgo com essa ligeireza só se desculpa à luz da muita ignorância e da relativa juventude do putativo líder do segundo maior partido português. Uma atenta e demorada consulta do arquivo histórico de Maria de Lurdes Pintasilgo pode ensinar muita coisa e pode, sobretudo, ensinar-nos a melhor respeitar os melhores de nós.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Funchal




A mais bela das cidades portuguesas, depois de Lisboa.
Quero rever-te, uma vez mais. Entrar na Sé, na Livraria Esperança, percorrer o Largo do Colégio, o Mercado, a cidade-velha. Põe-te boa. As melhoras!