sábado, 11 de abril de 2009

Os Russos


E que dizer dos Russos? Antes tinhamos edições mal amanhadas do francês. Hoje, graças aos esforços de Nina e Filipe Guerra, por um lado, e de António Pescada, por outro, possuímos traduções directa do russo de obras fundamentais como Guerra e Paz, Anna Karénina, A Morte de Ivan Illitch e Sonata de Kreutzer de Tolstói, algum Turguenév, quase todo o Gógol, quase todo o Dostoiévski, quase todo o Tchékhov, Margarida e o Mestre, O Doutor Jivago e muitos outros.
Spasiba!

Clássicos

O mesmo se diga da Literatura. Os últimos anos têm propiciado o aparecimento de primeiras traduções, ou traduções refrescadas, de Homero (Ilíada, Odisseia, por Frederico Lourenço), Hesíodo, Ésquilo, Sófocles (na MinervaCoimbra), Eurípides, Menandro, Apuleio, Horácio (as Odes, por Pedro Braga Falcão), Petrónio (O Satyricon, por Delfim F. Leão), Ovídio (A Arte de Amar, Amores, por Carlos Ascenso André; Metamorfoses, por Paulo Farmhouse Alberto), etc.
Fora do âmbito das humanidades clássicas greco-latinas, têm surgido traduções de Dante e Petrarca (por Vasco Graça Moura), do Quijote (duas edições, uma por José Bento e outra por Miguel Serras Pereira), do Orlando Furioso de Ariosto, a Edição da Obra Dramática Completa de Shakespeare (na Campo das Letras, que agora faliu...), Milton (Paraíso Perdido), William Blake, Lautréamont, Walt Whitman, Pablo Neruda (por Albano Martins), Poe e muito, muito mais.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Filosofia


Vão longe os tempos em que os principais textos da literatura mundial e da Filosofia se liam em traduções francesas ou inglesas. Quando comecei o curso, Platão tinha poucas traduções, Aristóteles nem se fala e no que diz respeito a Kant começava-se a dar os primeiros passos com a Crítica da Razão Prática (de Artur Morão) e, principalmente, com a Crítica da Razão Pura (de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão). Passados 20 anos, o panorama é completamente diferente: Platão está praticamente todo traduzido (falta uma edição de conjunto, com unidade de procedimentos interpretativos), Santo Agostinho, Espinosa, o essencial de Kant também, Nietzsche, Wittgenstein, etc.
Gostaria de chamar a atenção para um acontecimento editorial e cultural da máxima relevância - e que deveria teria mais destaque, não fosse a normal tradicional desatenção ao que é mesmo importante - e que é a Edição da Obras Completas de Aristóteles, dirigida por António Pedro Mesquita na INCM. Trata-se da primeira edição numa única colecção, à escala mundial, da Obra Completa do Estagirita, constituindo o primeiro volume uma «Introdução Geral» à Obra, da autoria do coordenador da edição e que constitui uma apresentação do «estado da arte» dos estudos aristotélicos. E que é também capaz, de num momento de síntese, de afirmar: « o aristotelismo é a ontologia natural do Ocidente - e por isso, e ele também um fim que não finda, isto é, o melhor fim. Este destino dá que pensar. Teria Aristóteles presentido que, enquanto Alexandre estava a construir um império, ele andava construindo uma civilização para ele? Ninguém decerto o saberá jamais - o que, evidentemente, é nesta matéria de importância alguma.»

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Património




O Centro de Arqueologia de Almada é uma das mais importantes organizações não-governamentais portuguesas de defesa do património histórico e ambiental. Com uma valiosa produção bibliográfica, edita, desde 1982, a revista Al-Madan, provavelmente a melhor revista da especialidade.

Património


Novo livro dos meus primos Francisco Silva e Elisabete Gonçalves e do Centro de Arqueologia de Almada prosseguindo o levantamento patrimonial do concelho de Almada. História local rigorosa e cientificamente ancorada. Uma edição da Junta de Freguesia do Pragal.