quinta-feira, 29 de abril de 2010

José Vitorino de Pina Martins (1920-2010)

Humanista no verdadeiro sentido da palavra -  cultor das Humanidades -, a erudição do Prof. Pina Martins é um legado para o futuro. Relembro a sua Cultura Italiana (Lisboa, Verbo, 1971), os seus estudos sobre a Menina e Moça (e respectiva edição fac-similada, na Gulbenkian). A importância da sua personalidade enquanto investigar de estudos humanistas e renascentistas em geral e, em particular, sobre Erasmo e o erasmismo, Pico della Mirandola, Camões, Thomas More, Bernardim Ribeiro, entre tantos outros é incomensurável e é dos poucos a ombrear com grandes estudiosos europeus como Eugenio Ascensio, Marcel Bataillon ou Luciana Stegagno Picchio.
Lembre-se que foi Pina Martins o descobridor do Tratado de Confissom (em 8 de Agosto de 1949), o primeiro livro impresso em língua portuguesa até hoje conhecido, que editou.
Relembro a sua fama de grande aquisidor e proprietário de livros raros e valiosos e de preciosos manuscritos, tendo inclusivamente doado à Biblioteca Nacional um dos manuscritos da Menina e Moça, hoje conhecido como o Ms. Bernardiniano da BNL ou Ms. Pina Martins e que antes era de Eugenio Ascensio.
Nunca li a sua obra de ficção, Utopia III, uma sequela da Utopia original de Thomas More. Tenho de ler.

P.S.: O Google Books contém o catálogo da exposição bibliográfica 129 trabalhos científicos de um grande investigador. José Vitorino de Pina Martins, com extensa bibliografia e uma biografia do homenageado, da autoria de Manuel Cadafaz de Matos e editada pela Biblioteca Nacional.

Sem comentários: