Por estes dias, as nossas principais cidades enchem-se do vergonhoso espectáculo das praxes, ditas, académicas. Alunos de capa e batina - ou pior, como é o caso das novas universidades regionais, que tiveram de inventar traje que lhes dê um passado ou tradição que não têm - impõem tratos de polé aos «caloiros» e estes aceitam as maiores humilhações na certeza de que, para o ano, vingar-se-ão noutros desgraçados. Pintados, sujos, reduzidos à dimensão de «coisa», alvos de chantagem soez (ou alinhas, ou não és «dos nossos»).
Hoje, na Rua Augusta, vi um bando de alunos de Farmácia, que gritava alarvemente e obrigava os «caloiros» a ajoelharem e a dizerem um conjunto de parvoíces. Ninguém se revoltava. O restante povo sorria e apreciava. É triste.
Quando me lembro que no meu tempo de faculdade se dizia "morra a praxe, viva o haxe..."!
P.S.: O meu amigo Mário Carneiro publicou este texto, ligeiramente alterado, no seu blogue O Estado da Educação e do Resto
Quando me lembro que no meu tempo de faculdade se dizia "morra a praxe, viva o haxe..."!
P.S.: O meu amigo Mário Carneiro publicou este texto, ligeiramente alterado, no seu blogue O Estado da Educação e do Resto
2 comentários:
É ir lá e revoltarmo-nos nós!
Eu cá já comecei a fazê-lo.
Tens razão Daniela! Eu ainda gritei: "e vocês consentem nisto?".
Um abraço
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