Há pessoas a quem devemos tanto, que determinaram de tal modo o nosso modo de pensar que, o momento do seu desaparecimento- talvez não paradoxalmente - acaba por nos devolvê-los na condição de Obra. Com João Bénard da Costa aprendi muito e apenas através dos seus textos e das suas intervenções na Cinemateca. Relembro as suas «folhas» - mais tarde editadas - onde dissecava Hitchcock, Capra, Buñuel, Ford, Cukor, Lubitsh, Walsh, Wilder e tantos, tantos outros. Relembro a sua mítica paixão pelo Johnny Guitar de Nicholas Ray, os seus magníficos textos sobre o Musical, as suas frases lapidares como esta sobre Katharine Hepburn : «ela foi a melhor e a mais importante actriz da história do cinema». Mais há, sobretudo o seu grande amor pelo Cinema, o magnífico Português do seu discurso, a sua condição de «vencido do Catolicismo», O Tempo e o Modo, Mounier, a Cinemateca, Os Filmes da Minha Vida/Os Meus Filmes da Vida, O Cinema Português Nunca Existiu, Muito Lá de Casa e muito mais. Obrigado, João Bénard!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário