A Feira do Livro de Lisboa é, cada vez mais, um cadáver adiado. Contribui para isso o desaparecimento de alguns editores, o estado moribundo de alguns - Livros do Brasil, Europa-América - e a concentração que, em vez de somar, comprime. A Leya é menor do que a soma das partes. A babel é muito menor do que a soma das partes.
É um facto que há algumas editoras novas e algumas com grande actividade editorial. O que é certo é que a existência das Fnac, a multiplicação de feiras e mercados do livro e de iniciativas semelhantes ao longo de todo o ano, bem como a possibilidade de comprar livros na Internet, retira muita da razão de ser de uma grande Feira do Livro.
Desforrei-me nos alfabarrabistas. É sempre bom encontrar aquele livro e falar com pessoas que amam os livros e sabem de livros.
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Um fenómeno interessante dos últimos tempos é a ressurreição de velhas editoras e chancelas, Assim de fugida, lembro-me da Portugália, da Arcádia, grandes casas editoras do passado, bem como da Parceria A. M. Pereira. Se somarmos a isso o renovamento da Guimarães, da Ática, da Verbo, da Ulisseia, da Sá da Costa estaremos em presença de uma feliz reconfiguração do panorama editorial português ou tratar-se-á de mera dispersão? Serão reeditados os respectivos fundos?
Era bom que alguém ressuscitasse a Moraes!
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