Habituados a viver no seio de uma ampla maioria católica e, dentro desta, apenas e só da Igreja Latina, é-nos difícil imaginar a situação vivida pelas minorias significativas de cristãos - e não apenas de católicos - que convivem com outras religiões claramente maioritárias, designadamente no Médio Oriente. Mais grave ainda do que o relativo desconhecimento que, no Ocidente, temos desta situação, é a própria dificuldade de nos vermos como minoria.
O recente atentado contra fiéis da Igreja Ortodoxa Copta - umas das «Antigas Igrejas do Oriente - em Alexandria, vem chamar a atenção para a situação aflitiva em que vivem estas comunidades religiosas um pouco por todo o Oriente. Greco-Ortodoxos, Maronitas (católicos), Assírios (Igreja Assíria do Oriente) e Caldeus (católicos), Sírios e Greco-Melquitas, Arménios e Coptas (ortodoxos e católicos), Sírio-Malabares e Sírio-Malankares na Índia e Greco-Católicos na Ucrânia, Latinos no Oriente e na Terra Santa, na Rússia e na China constituem-se como autênticas igrejas da Resistência no seio de esmagadoras maiorias muçulmanas, hindus ou mesmo de outras denominações cristãs (caso da Igreja Ortodoxa Russa que pretende ter o monopólio da pregação no Oriente eslavo) ou vítimas do poder totalitário do Estado (caso da situação da Igreja Católica Romana na China).
Sem comentários:
Enviar um comentário