O descendente de D. Miguel e pretendente ao trono virtual de Portugal de acordo com o suposto «pacto de Dover» - cuja existência deve ser tão verdadeira como as invenções de Frei Bernardo de Brito sobre D. Afonso Henriques - veio lamentar que se gaste tanto dinheiro com as comemorações do centenário da República, as quais classifica de «propaganda republicana primária». Tem direito à opinião!
Depois, vem dizer que as presidências da República saem mais caras do que as Casas Reais. Duvido, mas mesmo que seja assim há uma pequenina diferença: a legitimidade que deriva da origem democrática do poder conferido ao Chefe de Estado num regime republicano. E o exemplo de Espanha não colhe: D. Juan Carlos, por mais críticas que se lhe possa fazer - "No queremos monarquia! Ni Juan Carlos Ni Sofia!" - é um rei quase-democrático. Uma coisa que os monárquicos tendem a esquecer é que - e digo-o de forma chocante - a República não tem de se justificar. A Monarquia, tendo instituições em tudo republicanas excepto a chefia do Estado, tem de o fazer. E um referendo não resolve a questão porque apenas pode "legitimar" o primeiro Rei. É aliás esse o problema que o Príncipe das Astúrias e a sua sucessora ou sucessor irão ter.
Só nos faltava, agora, andarmos com os Bragança ao colo.
Só nos saem é «duques»!
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