"Este retorno àquilo que os europeístas chamam de “egoísmo nacional” é algo de mais que normal numa Europa que é o fruto de um entendimento entre nações que ainda são soberanas (pelo menos a Alemanha ainda é), e que os fundadores da Europa conheciam bem e tinham em conta. Os seus sucessores, os des-fundadores da Europa, esses acham que basta a retórica europeísta, misturada com um certo chauvinismo gaulês anti-americano, para obrigar os outros a pagarem.
Acabado o ciclo em que a Alemanha ainda tinha que pagar reparações de guerra disfarçadas de “contribuições líquidas para a União”, havia que encontrar outras soluções e elas existiam, mais prudentes, mais modestas, mas mais sólidas. Mas esse não foi o caminho seguido pelos signatários impantes do Tratado de Lisboa e o resultado é que a crise grega arrastou-se sem glória europeia e sem solução. Os alemães ainda vão pagar, mas todos compreendem que a Europa não está a funcionar, e se tivermos em conta as proclamações hiper-optimistas à volta do Tratado, então não está a funcionar de todo."
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